O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Paris/Versalhes

No jardim do Palácio de Versalhes

É impossível negar, o Rio de Janeiro tem belezas naturais impressionantes. Mas ao chegar em Paris tive uma certeza: o Rio de Janeiro seria ainda mais lindo se investisse no paisagismo. É incrível como cada praça, jardim ou parque em Paris é tão bem cuidado. Cada flor parece receber um tratamento especial. O resultado vale a pena. Ficaria horas sentada numa cadeira (que não é de cimento, como aqui) admirando a natureza ajustada para deixar um lugar simples tão encantador para os olhos e alma. É um cenário de filme romântico a cada esquina para todos se apaixonarem. Pena que, às vezes, um pombo abusado chega para atrapalhar, como aconteceu no Jardin des Tuileries (em frente ao Louvre). Não adianta bater o pé, os pombos atacam sua comida. Acredite, um tentou bicar meu sanduíche no ar, batendo as asas na minha frente, quase em estilo Matrix.

Pombos a parte, os jardins e parques de Paris são lindas surpresas. As cores das flores combinam e a natureza cria caminhos, como se fossem molduras, por onde você passa. O Jardim de Luxembourg tem fontes, patinhos nadando e horário para fechar (acho que também é o que menos tem pombos). Consegui ficar apenas 15 minutos, já que os guardas começaram a apitar e pedir enfaticamente para todos se retirarem. Deve ser a hora que os especialistas em jardinagem entram e, secretamente, cuidam das plantas.

Mas nada se comparar ao jardim do Palácio de Versalhes. Especialmente no dia que fui, era necessário pagar 3 euros para entrar, porque estava tocando música clássica (nos demais dias do ano a entrada é gratuita). Achei que era falta de sorte, já estava com problemas financeiros e logo no dia que visito o jardim tem que pagar? Quase não entrei. Mas, a Carol me convenceu. Paguei e como valeu a pena! O lugar é IMENSO, que mesmo caminhando quase uma hora, você conhece só uns 3%. Tem carrinhos (como os usados no Projac e em campos de golf), barcos para passear nos lagos e muitas flores raras. Cada pedaço parece receber um cuidado especial. Com a música, parece realmente que você está em um cenário de ficção ou em outra época. Ainda tive a sorte de presenciar um balé das águas no Bassin du Miroir (fonte dos espelhos). As fotos não conseguem expressar a beleza do lugar, é preciso ver para crer. No fim, tinha até esquecido que reclamei em pagar 3 euros.

Ah se as praças cariocas se preocupassem menos com balanços e gangorras coloridos ou em estátuas e estruturas “modernas”. A natureza é sempre um espetáculo único!

Campanha do dia: Plante uma árvore, de preferência em alguma praça da cidade para ver se ela cresce e deixa o lugar mais bonito.

Jardin des Tuileries, longe dos pombos
Em uma rua qualquer de Paris...
Jardim de Luxembourg
No jardim do Palácio de Versalhes
No jardim do Palácio de Versalhes
Ainda no jardim do Palácio de Versalhes
Chegando no balé das águas

O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Londres – parte 3

O Rio de Janeiro é uma cidade linda e sabe disso. Mas para manter tanta beleza, quem paga o preço são os admiradores. É bem difícil fazer um passeio bom sem gastar nada. Só uma água custa, no minímo, R$ 2,00 na mão do vendedor com o isopor mais básico. A passagem de ônibus subiu para R$ 2,75 (sem ar condicionado e para uma única viagem). Deve ser porque estamos quase no primeiro mundo e numa cidade super turística, né? Bom, Londres é uma cidade de primeiro mundo, está sempre repleta de turistas e a água é de graça. Isso mesmo, a água da pia é potável. Você só precisa escolher a torneira fria ou quente, encher seu copo e garrafa e beber. Além disso, um bilhete de metrô  custa € 4,50 para ser utilizado durante 24 horas, em quantas viagens você fizer. O vagão é lindo, limpo, fresquinho e diversas linhas levam você para todos os lugares possíveis.

Um lugar incrível como a National Gallery é de graça. Mais de 2.300 obras de artes impressionantes e raríssimas de nomes como Monet, Van Gogh, Cézanne em várias salas, em exbição permanente, e você não paga nada. Tudo bem, se não quiser se perder, precisa pagar pelo mapa. Mas quem se importa em se perder lá dentro?! De qualquer forma, sempre tem um funcionário para orientar os perdidos. Logo, o mapa nem é tão essencial assim.  Os parques também são uma ótima opção de passeio. Enquanto nas praias do Rio de Janeiro o aluguel diário de uma cadeira custa em média R$ 3,00, no Hyde Park é de graça. Você fica ali, admirando a paisagem (tem até esquilo! Uma fofura!) e ainda tem um lugar para sentar, limpo, inclusive.

Eduardo Paes, será mesmo que os serviços do Rio de Janeiro precisam custar tão caro assim? Se a desculpa é a qualidade, então Londres precisa rever os conceitos. Melhor cobrar o equivalente ao salário mínimo no Brasil para qualquer pessoa simplesmente sair de casa.

Campanha do dia: Preserve as cadeiras que você alugou e o transporte público. Já pagamos bem caro por isso tudo.

Relaxando num típico parque de Londres

 

Na porta da National Gallery, lá dentro não podemos tirar fotos
Eu, Carol e Maite na porta da National Gallery, lá dentro não podemos tirar fotos
Hyde Park, eu fui!

O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Londres – parte 2

Os turistas são alvos fáceis. Mapa e/ou câmera na mão, idioma local com sotaque acentuado, traço físicos diferentes dos habitantes tradicionais e aqueles olhos brilhando. Alguns espertinhos acham que cobrar a mais por um serviço comum (como alugar uma cadeira de praia) não vai fazer mal. Afinal, estrangeiros estão ali para gastar. Em Londres, eu tinha todos os sintomas de uma típica turista, mas nem quando estava bem distraída abusaram da minha boa vontade gringa.

Assim que cheguei na cidade, descobri que não poderia tirar dinheiro no caixa eletrônico do meu banco. Não tinha nenhuma Libra, mas alguns Euros. Era sexta-feira, precisava falar com o banco, mas tomadas, telefones e fuso horário não colaboravam e não conseguia falar com minha família.  Maite e Carol me ajudaram bastante durante os dias de crise financeira que só seriam levemente amenizados na segunda-feira. O único jeito era ir numa casa de câmbio e trocar os Euros que restavam.

Um indiano me atendeu e embora falasse inglês (que parecia um dialeto bem esquisito!), a comunicação não estava fácil. O básico entendi e pedi que convertesse parte das minhas economias disponíveis para libra. Na pressa e no desespero com a minha situação inesperada acabei entregando 20 euros a mais. O indiano britânico percebeu e disse: “Poderia enganar você, mas não vou fazer isso. Você me deu 20 euros a mais. Cuidado!”. Agradeci muito, pois 20 euros ou qualquer centavo estavam fazendo muita falta naquele momento. Depois da confusão, redobrei minha atenção e meu dinheiro só andava grudado comigo (literalmente, em alguns momentos!). A sorte tinha brigado comigo assim que pisei na cidade do Harry Potter (acredite!), mas com tanta gente bonita, educada e honesta no caminho, não podia reclamar. Lumus! Londres me conquistou.

Campanha do dia: Vai vender milho, pipoca ou qualquer quitute? Cobre o preço igual para todo mundo! 

As moedas que vendiam na loja do Palácio Real estavam numa inflação...
Turista gosta de admirar...
Como tem gente bonita em Londres...

O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Londres

No Rio de Janeiro, já é mais do que costume marcar uma festa, reunião, evento ou compromisso considerando que os convidados ou envolvidos chegarão um pouco depois. Nem adianta tentar ser sincero no horário. Raras as ocasiões, principalmente se envolvem muitas pessoas, em que todos serão pontuais como os britânicos. A tal pontualidade britânica é realmente famosa e pude constatar a veracidade em várias situações. Fiquei irritada no começo, mas depois comecei a perceber que é realmente o mais correto, um sinal de respeito e facilita muito mais do que complica.

Meu trem para Londres saia de Bruxelas às 8h05 e no bilhete havia uma recomendação para chegar com meia hora de antecedência para um check-in. Chegamos (eu e minha amiga Carol) na estação por volta das 7h50, mas com a certeza de que não iria ter problemas. Afinal, o trem só sairia às 8h05. Porém, o guichê estava vazio. Mesmo assim, inocente, perguntei para a atendente como fazia para embarcar. Não tinha jeito, o check-in já tinha terminado, não existia “jeitinho” nenhum de quebrar o galho da gente, acelerar qualquer procedimento padrão e nos colocar no trem. A única possibilidade era esperar o próximo às 9h05 (pelo menos, não precisamos pagar pela mudança)

Lição supostamente aprendida, logo que cheguei a Londres fiquei simplesmente encantada pela cidade. Tivemos que fazer alguns ajustes em nosso roteiro e fomos para Westminster Abbey (onde o príncipe William se casou com a Kate). As portas estavam fechadas, chegamos 15 minutos depois do começo da última visita. Não tem atraso, nem os conhecidos 15 minutos de tolerância. Tudo bem, voltamos no dia seguinte. Porém, era sábado e o local fechava mais cedo. Mais uma vez, chegamos um pouco depois do horário limite. Só nos restou assistir um pouco a chuva que caia e tirar mais fotos do jardim. No mesmo dia, não ouvimos o despertador e acordamos mais tarde do planejado. O horário do café da manhã já tinha terminado e nada de agradar os gringos, não tinha jeito e nada para comer. Saímos do hotel e fomos encontrar minha amiga Maite o o host dela, Alex, na feira de Notting Hill. Combinamos que chegaríamos às 8h30, mas só chegamos uma hora depois. Sim, Alex é britânico e a pontualidade era seu forte para nosso constrangimento.

Posso dizer que a sorte não estava a meu favor em Londres. Após vários imprevistos, alguns constrangimentos e problemas de orientação (como entrava nas ruas erradas, mesmo com um mapa!) fiquei completamente apaixonada pela cidade e muito feliz em compartilhar tantos momentos divertidos e especiais com Maite e Carol (e extremamente agradecida pela hospitalidade e ajuda do Alex!). A sensação de que tudo funciona bem e é extremamente organizado é consequência da tão famosa pontualidade britânica. Sim, dá certo. Talvez, por isso, o Big Ben seja um dos principais símbolos da cidade e tanta gente acredite que ele é um relógio (mas não, é um sino!).

Campanha do dia: Não se atrase, chegue no horário marcado. A pontualidade britânica faz mais bem do que você imagina.

O Big Ben não é um relógio, mas guia a pontualidade britânica. De qualquer lugar, você sabe a hora.
Nos jardins da Westminster Abbey, já que nunca conseguimos entrar!
A feira de Notting Hill é um achado! Mesmo que você chegue atrasada, passe por lá!
Carol, Maite, Alex e Eu na beira do rio Tâmisa!

O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Bruxelas – parte 2

A Grand Place é linda e tem até prédio de ouro!

Para conhecer uma cidada linda, nada melhor do que sair por aí pedalando. Se tiver um guia, melhor ainda! Infelizmente, no Rio de Janeiro, só é possível fazer uma passeio agradável de bicicleta (tem que ser sua!) na Lagoa Rodrigo de Freitas ou na orla da praia. Se você tiver uma conta no Itaú, até pode aproveitar o benefício de alugar uma “magrinha” em alguns pontos da cidade. Mas se você não cedeu as pressões de Luciano Huck e depositou suas finanças em outro banco, vai ter que comprar a sua bike e torcer para que ela fique em bom estado por muito tempo e não suma.  Além disso, se não quiser brincar de corrida de obstáculos, vai precisar se misturar aos carros em grande parte do trajeto. Em Bruxelas, seguindo a tradição de outras cidades europeis como Amsterdã, é mais fácil. Um dos City Tours mais famosos é o de bicicleta.

Fiquei apenas um dia e meio em Bruxelas e não andei de bicicleta. Mas se quisesse, bastava alugar a minha em um dos diversos pontos da cidade. Sem complexidades de tarifas via cartão de crédito exclusivos. Uma máquina, do lado do bicletário, aceita o pagamento e libera o uso. Placas e faixas exclusivas orientam os ciclistas. Se os carros param em qualquer lugar para os pedestres atravessarem (Até estranhei, mas adorei!), imagina se seria diferente para um ciclista? Pois é, não precisa se preocupar, é só pegar uma bicicleta e sair por aí. São tantas ruas e paisagens lindas para olhar! Dois conselhos:  Passe pela Grand Place e pare para ver como o ouro reluz por lá.  No fim do passeio saboreie um waffle (com calda de chocolate quente BELGA é bom demais!),  tem por tudo quanto é canto, como se fosse churros aqui, com muitos recheios e é delicioso!

Campanha do dia:  É difícil, eu sei, são tantos obstáculos.  Mas tente andar mais de bicicleta. É melhor para o meio ambiente, evita trânsito e quem sabe não faz a prefeitura e governo pensar em melhorar a infra-estrutura dos ciclistas?

Bicicletas são fáceis de encontrar pelas ruas de Bruxelas (até a coelha lá no fundo tem uma)!

 

Deliciosos waffles Belgas, alguns custam 1 euro!

O que o Rio de Janeiro deveria aprender com Bruxelas

Uma estação de trem em Bruxelas

Em 2011, tive a maravilhosa oportunidade de viajar para a Europa. Foram tantos momentos incríveis, que precisava compartilhar no blog. O continente pode estar em crise, mas o fato é que jamais perderão a classe de primeiro mundo. O Brasil está achando que vai chegar no mesmo patamar em breve. A economia até vai bem, mas o padrão social é outro. O Rio de Janeiro poderia ser tão melhor, se o povo seguisse algumas dicas. Então, aí vão.

A minha primeira parada na Europa foi em Bruxelas, na Bélgica. A cidade é sede da União Europeia, mas confesso que só fui para lá para encontrar minha amiga, Maite. Que surpresa maravilhosa! Logo que chegamos na estação de trem, ficou claro que o nível de organização é outro. Metrô, trens locais. inter-regionais e até internacionais se encontram em algumas estações, mas cada um no seu quadrado e todo mundo se entende. Informação não falta e olha que eu não falava nem francês e muito menos holandês. Minha amiga Carol até me ajudou, mas o fato é que conseguíamos nos entender com os mapas e funcionários. Além disso, tanto no metrô quanto no trem, as pessoas compram bilhetes porque são honestas, já que as catracas estão sempre abertas. É isso mesmo, qualquer um pode passar, mas quase ninguém faz isso. De vez em quando, alguns fiscais abordam os passageiros dentro dos vagões, para confirmar se o bilhete foi comprado. Mas, provavelmente, estrangeiros espertinhos que devem ser punidos com uma multa. É, tem punição para quem burla a lei e, pelo o que vi, funciona bem.

Além disso, algo essencial que DEVERIA ter logo nas estações de metrô, trem e pontos de ônibus do Rio de Janeiro, é o painel digital que informa quanto tempo falta para o veículo chegar no ponto em que você está. As estações mais próximas são ilustradas por bolas. A acesa indica o local onde está o veículo mais próximo. Um contador mostra quanto tempo ele vai chegar na sua estação. Simples, prático e muito útil, especialmente para o seu preparo psicológico.

Pois é, quem dera que de uma estação de metrô a gente pudesse pegar um trem  (lindo e limpo, aliás) e ir para qualquer lugar da cidade e do país. Fica a dica, Júlio Lopes.

Campanha do dia: Honestidade pega bem, acredite. Por uma cidade melhor, dê o exemplo e respeite as leis.

Carol e eu, no vagão super confortável!
Eles servem até lanchino nos trens internacionais! (viagem durou em média 2h)
Reencontro com Maite, no lindo parque Cinquantenaire!

O melhor ano novo do mundo é em Copacabana?

Feliz 2012!

Um festival de fogos inesquecível, palcos enormes e super iluminados com shows gratuitos de David Guetta, O Rappa, Latino. Nossa! começar o ano assim parece sensacional. Estava animada, mas quando cheguei lá…

Já no ponto de ônibus, nenhum parava. Várias linhas diferentes passavam na rua, mas todos os veículos cheios demais. Não teve jeito, eu e muitas pessoas precisamos ir a pé. Quase uma hora depois, com uma chuva daquelas, tentei encontrar um lugar na areia. A música não chegava. A caixa de som até funcionava, mas só para propagandas e a trilha sonora dos fogos. Não tinha telão com as imagens dos shows. Não dava para sair do lugar sem passar por vários obstáculos em forma de barracas no meio da areia escura.

Algumas pessoas dançavam com frango na mão. Outras faziam xixi no desconhecido mais próximo. Alguns desiludidos tentavam roubar bolsas dos mais distraídos. Bêbados tentavam agarrar a primeira mulher que passasse, mesmo que fosse comprometida ou não estivesse interessada. Impacientes até chutaram um catador de latas que tentava apenas recolher uma lata vazia.  Um show de educação da população e de organização da prefeitura.

Infelizmente, não consegui ouvir ou muito menos ver o show do David Guetta. Resolvi ir embora, mas não tinha ônibus. Mais uma longa caminhada me esperava. O trânsito parou, pulei uma grande, passei por um túnel com carros engarrafados e cheio de monóxido de carbono. Com certeza, o presidente da Riotur e os responsáveis pelo resultado da pesquisa da World Travel Guide não estavam nas areias de Copacabana. Provavelmente foram de carros particulares, assistiram ao espetáculo em uma festa no Copacabana Palace ou na área VIP. Realmente, nesse esquema, eu também poderia acreditar que o ano novo em Copacabana é o melhor do mundo.

A dengue está chegando…

A piscina do campus da praia vermelha da UFRJ já foi local de aulas de natação e até cenário  para fotos e curtas de estudantes de Comunicação Social. Mas, atualmente, só quem nada ali são as larvas do mosquito da dengue.  Há anos a piscina está abandonada e, por incrível que pareça,  com água.  Autoridades e cariocas  supostamentes preocupados com a possibilidade da maior epidemia de dengue atingir a cidade no próximo verão e ali, bem no meio de uma faculdade FEDERAL, os mosquitos planejam a invasão.  Seminários, palestras, campanhas acontecem por todos os lados, mas a água continua lá, paradinha, verde (eca!).  E qual seria a razão?

Talvez, a água seja patrimônio da faculdade e deve ser necessário abrir alguma requisição super burocrática para ser enviada para Brasília. Com a greve dos funcionários, provavelmente, o processo atrasou né?! Talvez, a água verde e parada seja uma forma de protestar contra a transferência do campus para o Fundão. Talvez, a água sirva para pesquisas acadêmicas sobre a origem (ou, se depender da aparência, fim) da vida. Talvez, seja um reservatório para tentar apagar um foco de incêndio que possa aparecer durante a reforma do Palácio. Mas a única certeza é que se a água continuar parada naquela piscina, vamos ter uma epidemia de dengue e um motivo trágico e real para cancelar as aulas e o período letivo.  Já saiu reportagem em jornal, na TV e nada foi feito.  Alô reitor, prefeito, estudantes, professores e autoridades! Vamos esperar até quando? Passou da hora de esvaziar essa piscina.

Campanha do dia: Ligue AGORA para 1746,  o teleatendimento da prefeitura, mande um tweet para o prefeito (@eduardopaes_), telefone para a ouvidoria da UFRJ ou mande um e-mail. NÃO DEIXE DE SE MANIFESTAR! Alguém precisa esvaziar essa piscina e evitar uma epidemia de dengue!

Só o Cascão e os mosquitos da dengue frequentam a piscina da UFRJ, atualmente
Só o Cascão e os mosquitos da dengue frequentam a piscina da UFRJ, atualmente

 

Surpresinha marrom

Nunca é confortável usar um banheiro público, aquele que é compartilhada por mais de uma pessoa que você não conhece. Evito usar o vaso sanitário que está com a tampa fechada. Mas, quando não tem jeito, já começo a me preparar psicologicamente. Afinal, é possível encontrar uma surpresa ao abrir a tampa. O pior, e o motivo de existir um preparo psicológico, é a probabilidade de encontrar o número 2 de outra pessoa lá, boiando… Não dá para acreditar que alguém simplesmente esqueça de dar a descarga após “eliminar o excesso”. Mas é um fato (e mais comum do que deveria), tem gente que esquece. Pior para quem vai usar o banheiro em seguida. É uma situação completamente desagrádavel. Não entendo a razão, mas começo a acreditar que Freud estava certo quando dizia que os egocêntricos gostam até de olhar para a própria cagada. E, pelo visto, como tem egocêntrico por aí. O orgulho é tanto que eles  fazem até questão de deixar a “obra de arte marrom” para os outros verem.

Campanha do dia: É simples, DÊ A DESCARGA! E fácil e evita muitas cenas desagradáveis.

O que será que tem aí dentro?

Aquele beijo

Um dia de sol no Rio de Janeiro e decido ir até Copacabana. Entro no ônibus saboreando um delicioso picolé de tangerina e sento no banco. Do meu lado, um casal inspirado até demais na nova novelas das 19h da globo. Os dois nem pareciam notar que estavam em um espaço público e davam AQUELE BEIJO, sem vergonha nenhuma. De qualquer lugar do ônibus era impossível não ouvir os barulhos ou tentar ignorar as línguas que pairavam pelo ar em busca de outra. Alguém comenta: “Get a room!” (ou, em português, arrumem um quarto).  O casal só ri e continua a longa e intensa despedida.  Quando finalmente chega o ponto da beijoqueira (inclusive, o meu também), ela se levanta, ajeita a saia que  (por que será?) saiu do lugar e sai.  Crianças não entraram no ônibus e quem estava comentou. É, audiência acho que o casal conseguiu, pelo visto eles não estava nem um pouco interessados em privacidade…anota aí, Miguel Falabella!

Campanha do dia: Demonstrações de afeto em público podem ser fofas, mas em excesso são contrangedoras. Deixe AQUELE BEIJO para um lugar mais reservado ou apropriado. No ônibus, definitivamente, não pega bem.